terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

VAMOS BOTAR NOSSO BLOCO NA RUA?!

Segundo Guimarães, as pessoas não morrem, ficam encantadas. E é este encantamento que se deve buscar ao longo da vida. O encantamento das rotinas que nos impulsiona a viver mais e melhor. O encantamento das e nas pessoas que nos singulariza, dentre tantas outras, em nossos sertões pessoais. Um encantamento muitas vezes perdido pelo fechar dos olhos à realidade. O encantamento é o início e não o fim. É a possibilidade de reviver, reaviver e reconhecer. Não. Não precisamos dessa finitude nem dessa bruteza que nos esmaga e endurece. Em tempos de máscaras carnavalescas, a convocação é tirar as máscaras na festa de Baco. É permitir que a nossa fantasia do ano inteiro torne-se a realidade de uma semana. Carnaval remonta à carne? Talvez. Caso não, que assim fosse. E que nesse reavivamento existisse o espaço para sermos o que de menos gostaríamos que fôssemos.

Inevitável não mergulharmos nessa esfera festiva. Menos ainda, se vivermos numa cidade como Salvador que, por si só, se traduz em festa. O verdadeiro convite é para sorrisos amarelados. Insistamos nos sorrisos de beiços largos. O convite é para o “start” de sensações nunca antes navegadas. Perambular nas ruas, percebendo o “frisson” ensandecido de sua gente. Visualizar olhos frenéticos e ouvidos atentos aos “hits” de verão. De Rebolations a Lobos Maus que saibamos levar a nossa vida à base do beijo e do amor, mas se lembre de usar a sua camisa preferida.

Claudia Pessoa - Simplesmente, educadora.

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