segunda-feira, 25 de maio de 2009

GRAVAÇÃO DO "BAHIA ASSIM" 3

COMENTÁRIO I

Cris,

Você preferiu tomar emprestadas palavras ... eu lembrei de músicas que me aproximaram desta mesma estação. Lembrei de meu avô, pai de criação, um dos primeiros maquinistas da LESTE. Lembrei de como eu ficava nos vagões me sentindo em casa. Fazendo o percurso Calçada- Paripe e achando tudo isso o máximo. Lembrei do medo do túnel, lembrei das vezes que tive que abaixar para não receber dejetos e ri pra caramba com isso. Lembrei das vezes que tínhamos que correr dos guardas, porque estávamos atravessando o "buraco" da estação. Lembra Petno? Aposto que você deve ter feito isso também um milhão de vezes ... só para cortar caminho. Lembrei de seu Jonga, um ceguinho, que entrava sempre no trem pedindo uns trocados e fazendo sua "mode viola".
Pisar na água de São Tomé me lembra o final-de-semana quando a praia não é de longe o que foi ontem. Lembrei de mim mesma. Lembrei do meu passado ... e tive saudades.
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há
Eu estou aqui, o que é que há
Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho
Mas eu vim de lá pequenininho
Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho

Alguém me avisou pra pisar nesse chão devagarinho
Sempre fui obediente
Mas não pude resistir
Foi numa roda de samba
Que juntei-me aos bambas
Pra me distrair
Quando eu voltar na Bahia
Terei muito que contar
Ó padrinho não se zangue
Que eu nasci no samba
E não posso parar
Foram me chamar
Eu estou aqui, o que é que há
Claudia Pessoa.

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