segunda-feira, 11 de julho de 2016

Educação: caminhos, encontros e colaboração





Por: Marcus Leone


Quando o ato de aprender e ensinar acontece em uma via de mão dupla, isso, verdadeiramente, revela bons processos pedagógicos de construção do conhecimento e aprendizagem significativa, alicerçados no cuidado, no respeito e na colaboração.




E foi com esse espírito dialógico, afetivo e crítico que a Rede Anísio Teixeira realizou mais uma formação em produção de mídia onde compartilhou, interagiu, trocou e, coletivamente, construiu saberes com uma equipe formada por setenta e oito educadores do GESTAR, colegas animados, interessados e competentes. Esse encontro formativo aconteceu em Valença durante os dias seis e sete de julho com carga horária de dezesseis horas. Os educadores da Rede Anísio Teixeira, Geraldo Seara, Marcus Leone e Peterson Azevedo, com uma metodologia dinâmica (perspectiva teórico-prática), mediaram uma formação em “Introdução para a produção de vídeo” no referido encontro. Em tal formação, os educadores potencializaram a interação com e entre os sujeitos participantes, assim como estimularam e auxiliaram a criação de conteúdos audiovisuais autorais pela turma.




A formação transcorreu em uma sequência lógica de conteúdos e ações básicas necessárias para a produção e edição de vídeo, tendo como foco o viés educacional. Nesse contexto, os cursistas tiveram aulas sobre: roteiro, etapas de produção audiovisual, linguagem audiovisual, as funções no set de filmagem, captação de imagem, som e edição de vídeo. O mais interessante nesse processo é que a proposta do curso objetiva produzir vídeos com recursos mínimos, com o que é possível fazer no cotidiano escolar, ou seja, é primar pela simplicidade e viabilidade dos processos de produção, sem negligenciar a qualidade. Para tanto, os recursos tecnológicos usados foram minimalistas, nesse sentido, os participantes aprenderam e produziram vídeos, capturando imagens e som com celulares e microfones improvisados, utilizando fones de ouvido.






Ao final da formação, os colegas cursistas cumpriram o desafio proposto e exibiram suas produções audiovisuais como trabalho de conclusão do processo. A integração entre os educadores da Rede Anísio Teixeira e os cursistas do GESTAR foi muito boa, assim como a reciprocidade no cuidado e admiração. Considerando esse contexto favorável, evidencia-se então uma relação de sucesso entre esses dois programas cujo principal objetivo é potencializar e promover cada vez mais a escola pública.





Marcus Leone O. Coelho
Educador da Rede Anísio Teixeira

As imagens são fotogramas das câmeras de making of.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Rede AT visita Rádio Web Juventude CEGRS



Professores da Rede AT, estudantes do CEGRS e professora Josefa


Por: Joalva Moraes


Na tarde dessa quinta-feira (07), eu, Geize Gonçalves e Carlos Barros visitamos as instalações da Rádio Web Juventude, no Colégio Estadual Governador Roberto Santos, bairro do Cabula.

A rádio, inaugurada em outubro de 2015, é resultado do sonho da professora Josefa Lima e lhe rendeu sua tese de Doutorado. Contando com a participação de 30 estudantes do Ensino Médio, Josefa conseguiu fazer com que esse projeto acontecesse, numa pequena sala, na área externa do colégio, mas com uma estrutura que agrega funcionalidade e bom gosto.

Professora Josefa idealizadora do projeto da rádio web


24 horas no ar, exceto nos finais de semana, a Rádio Web Juventude apresenta uma grade de programação toda organizada pelos estudantes, desde a escolha das músicas até a concepção e produção dos programas.



Joalva Moraes e Carlos Barros em entrevista para a Rádio Web Juventude


Em nossa visita, fomos entrevistados, com transmissão ao vivo via web e pelas caixas de som espalhadas pelo colégio. Excelente trabalho da professora Josefa e dos meninos e meninas do Colégio Estadual Governador Roberto Santos. Esse encontro foi apenas o início de uma promissora parceria.



segunda-feira, 6 de junho de 2016

Educador da Rede AT Lança Livro no Palacete das Artes

Carlos Barros no lançamento de seu livro.

No dia 25 de maio, no Palacete das Artes, ocorreu o lançamento da segunda edição da série editorial Sons da Bahia. Na oportunidade, foram lançados cinco títulos inéditos que contaram com o apoio financeiro do Fundo Estadual de Cultura da Bahia, dentre eles, o livro do educador da Rede Anísio Teixeira, Carlos Barros.


Carlos, que é músico e mestre em Ciências Sociais, utilizou a música popular como referência, analisando as configurações e reconfigurações da identidade cultural dos baianos, tendo como foco a trajetória de quatro importantes artistas contemporâneos: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethania e Gal Costa. Assim. Doces e Bárbaros – Um Estudo sobre Construções de Identidades Baianas reflete a importância desses artistas na renovação da Música Popular Brasileira e a grande influência que exercem nos meios de comunicação de massa. 




Calos Barros autografando.




A proposta da série Sons da Bahia, da Pinaúna  Editora, é de ocupar essa lacuna, trazendo historiografias e reflexões relacionadas à música no estado, nos seus vários universos, estilos e momentos. Idealizado pela antropóloga Bárbara Falcón, o projeto tem duplo objetivo: dar à produção musical baiana tratamento acadêmico e, ao mesmo tempo, aproximar o grande público de trabalhos de pesquisa, normalmente, restritos à academia. “A ideia é democratizar conhecimento, trazer para as pessoas um pouco do que está sendo refletido dentro das universidades”, diz Bárbara, que é também a curadora da Série. No ano de 2012, foram lançados os três primeiros volumes, que tiveram como tema a vida e obra de Assis Valente, e o reggae de Cachoeira e da Bahia. Em sua segunda edição, a série Sons da Bahia acolhe cinco pesquisadores que desenvolveram seus trabalhos nos âmbitos do mestrado e doutorado. Tratando de temas diversos, que vão do pagode ao samba chula, do Ilê Aiyê aos Doces Bárbaros e um título sobre Maria Bethânia, temos um novo e especial panorama da música feita a partir do estado.



Além da obra de Carlos Barros, também foram lançados os livros Cantador de Chula – O Samba Antigo do Recôncavo, de Katharina Doring; Os Belos, O Transito e A Fronteira – Um Estudo Socioantropológico sobre O Discurso Autorreferente do Ilê Aiyê, de Carlos Ailton da Conceição; Uma Crítica Cultural do Pagode Baiano – Música que se Ouve, se Dança e se Observa, de Neli Ari Lima e Oyá-Bethânia – Os Mitos de um Orixá nos Ritos de uma Estrela, de Marlon Marcos Vieira Passos.




Geize Gonçalves, Carlos Barros e Joalva Moraes.








sexta-feira, 3 de junho de 2016

Será Que as Cores Influenciam o Consumo?

Por: Geize Gonçalves


Nós seres humanos assimilamos as cores através do sentido da visão, que transmite a informação para o cérebro. Então quando escolhemos uma cor estamos lidando com estímulos imediatos.

Subjetivamente as cores influenciam no emocional do individuo, seja para o positivo ou para o negativo. Elas fazem parte de nossa vida sendo utilizadas com símbolos onde agregamos significados que podem atrair clientes para uma logomarca, por exemplo, ou transmitir confiança para uma instituição.

Lembrando que as cores podem provocar diferentes sentimentos nas pessoas, para cada interesse, segmento e público, a cor pode agrupar determinados significados.

Vamos agora pensar nas grandes empresas de Fastfood. Que cores são mais marcantes nas famosas marcas de lanchonetes.



O que podemos observar é a evidencia do amarelo e do vermelho na maioria das marcas. E será que a escolha destas cores é feita de forma aleatória?

Então vejamos: O vermelho e o amarelo são cores primarias, cores quentes. que são diretamente ligada a felicidade, paixão, entusiasmo e alegria. O vermelho estimula o apetite e o prazer, e é a cor da paixão. O amarelo traz a representação da felicidade, é uma cor que deixa as pessoas felizes e cheias de energia, e também esta ligada ao apetite. Bem, já que o interesse destas empresa é o consumo de alimento estas cores foram empregadas com esta intenção.

Agora, pensem nas marcar de governo, ou em instituições financeiras. A grande maioria destas empresas optam pela utilização do azul como cor predominante.



O Azul também faz parte das cores primarias, no disco das cores. Esta no grupo das cores frias, que representa calma e profissionalismo. Ele representa calma, confiança, produtividade, segurança e transmite a sensação do sucesso. O azul é a cor séria, comumente utilizada em marcas institucionais ou corporativas. Geralmente as marcas governamentais ou de instituições financeiras que desejam agregar confiança e credibilidade exploram esta cor.

Cada pessoa percebe as cores de maneiras diferentes. Vejamos aqui algumas das percepções comuns que são associadas a cores específicas no ocidente:

  • Vermelho: representa poder, energia, amor, ternura, agressão, colisão e paixão. É a cor que estimula todos os tipos de apetites e o prazer;

  • Amarelo: A cor amarela ajuda o seu cérebro a liberar serotonina, que faz as pessoas se sentirem felizes e cheias de energia. otimismo, entusiasmo, diversão, confiança, originalidade, criatividade, desafiador, acadêmico e analítico, sabedoria e da lógica são associados a essa cor;

  • Azul: símbolo da verdade, conservadorismo, segurança, tecnologia, limpeza (principalmente quando combinado com o branco) e ordem. O azul escuro é ideal para os negócios porque simboliza a estabilidade financeira, profissionalismo e fidelidade;
  • Laranja: O laranja é uma cor atrativa, mas também pode ser considerada agressiva e imperativa, pois apela para a ação do consumidor. Representa criatividade, alegria, entusiasmo, diversão, alta espiritualização e juventude;

  • Verde: Desde sempre se convencionou o verde como a cor da esperança, mas essa cor também carrega outros significados, como criatividade, frescor, calma, harmonia, saúde, dinheiro, natureza, tranquilidade. abundância, equilíbrio e positividade;

  • Roxo: Usado para representar produtos de luxo e de alto valor o roxo (combinação de vermelho e azul) sugere mistério, concentração, valor, justiça, autoridade, sofisticação, realeza e espiritualidade;

  • Preto: O preto é tecnicamente a absorção de todas as cores. Representa rigidez, clássico, conservador, formalidade, mistério, seriosidade e tradição;

  • Branco: Representa limpeza, inocência, paz, pureza, refinamento, esterilidade, simplicidade, confiabilidade e rendimento.


Embora a percepção de cor é um tanto subjetivo, existem alguns efeitos de cores que têm um significado universal, e quando bem empregada, pode gerar a sedução e o convencimento para o consumo. Claro, que os sentimentos sobre cor são muitas vezes intrínseco de cada pessoa e enraizada em sua própria experiência cultural. Se pensarmos na cor branca, por exemplo, é usada em muitos países do Ocidente como representação da pureza e da inocência, mas no Oriente é visto como um símbolo de luto. A cor vem sendo usada intencionalmente por revista, televisão, estabelecimentos comerciais e governamentais como ferramenta de atração. 


Ela pode ter uma influência sobre a forma como pensamos e agimos, esses efeitos estão sujeitos a fatores pessoais, culturais e situacionais.







Referências:


http://www.auladearte.com.br
http://www.psychology.about.com
http://www.consumidoresdigitais.com.br/psicologia-das-cores-e-sua-influencia-nas-vendas/
https://metzgeralbee.com/our-thoughts/color-psychology-the-powerful-role-it-plays-in-branding/

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Programa de Rádio da Rede AT está chegando!



Gravação da entrevista com a professora Claudia Pessoa

Por: Joalva Moraes


O projeto Nas Ondas da Rede  tem a pretensão de  realizar, durante o ano letivo de 2016, 10 programas temáticos, de 5 minutos, com abrangência nas áreas do conhecimento, das diversas disciplinas escolares, numa perspectiva inter e transdisciplinar. Serão utilizadas, como meio de distribuição, a web, através do Ambiente Educacional Web, e a Rádio Educadora FM, em parceria com o Instituto de Radiodifusão da Bahia/IRDEB.

Gravação da enquete com estudantes do Colégio de Aplicação
Anísio Teixeira

O programa será dividido em três quadros, contando com a participação de estudantes e professores das escolas públicas baianas, em enquetes e entrevistas. Também serão apresentadas dicas culturais, trazendo lugares e filmes que tenham relação com o tema do episódio.

Gravação da entrevista com o professor Milton Moura

O piloto terá como tema o Dois de Julho. Os demais vão tratar de: O “Internetês” como língua virtual/real; As águas da cidade e o problema da poluição; Nas ondas do rádio. O que é o rádio e como funciona; O que é o dinheiro?; Os estrangeirismos (palavras de outras línguas incorporadas ao português brasileiro); A cultura da perfeição e os cuidados com o corpo; A geografia de Salvador: entre vales e ladeiras; Os alimentos e sua química; Salvador e seu  desordenado crescimento urbano (transportes, violência, saúde).


As entrevistas já começaram a ser gravadas e logo mais estaremos no ar. Aguardem!


segunda-feira, 18 de abril de 2016

IAT Oferece Formações para Professores e Estudantes em Vitória da Conquista

Estudantes participando da Oficina de Interpretação Cênica

Até o próximo dia 24 de abril, professores e estudantes da rede estadual de ensino, poderão realizar as inscrições para as formações ofertadas pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), por meio do Programa de Difusão de Mídias e Tecnologias Educacionais - Rede Anísio Teixeira. As atividades, que serão realizadas em Vitória da Conquista, buscam estimular o uso de software livre na educação, bem como a preparação dos participantes para a interpretação cênica e produção audiovisual.

As Oficinas de Interpretação Cênica e Produção de Vídeos Ficcionais, que serão realizadas em parceria com o Centro Juvenil de Ciência e Cultura, entre os dias 02 a 13 de maio, têm como proposta formar multiplicadores e produtores do fazer audiovisual por meio da preparação de professores e estudantes para a produção e interpretação de vídeos ficcionais nas escolas. Estas oficinas acontecem de segunda a sexta-feira, durante duas semanas. A inscrição pode ser feita nos links abaixo.
Já a formação Memórias e Identidades, promovida em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/Ufba), busca formar estudantes e professores para a produção de vídeos documentais que valorizem e reafirmem a cultura e identidade das comunidades em que estão inseridos. As inscrições devem ser feitas, no link abaixo, por grupos de até cinco pessoas, sendo quatro estudantes e um professor. A formação acontece de 29 de abril a 17 de junho, sempre às sextas e sábados.

Formulário - Formação Memórias e Identidades
Baixe as chamadas públicas para mais informações

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Participação da Rede AT na CIPÓ - Comunicação Interativa



Olá, Companheir@s!

Escrevo aqui um breve relato sobre a participação da Rede Anísio Teixeira nesta quarta, 13 de abril de 2016, no Planejamento Estratégico da Cipó –Comunicação Interativa.




Essa organização não governamental vem desenvolvendo seu planejamento estratégico 2016, mediante realização de painéis com temas predefinidos e com a participação de convidados externos. Nossa Rede, nesse momento, representada por mim e pelo companheiro Geraldo Seara, participou do quarto painel, debatendo em uma mesa cujo tema foi “Educação Tecnologia e Políticas Públicas”. Conosco, na discussão, estavam também Fábio Meireles do Instituto Inspirare e Maria Reuder, educomunicadora e representante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Saliento que fomos muito bem recebidos por Fernanda Colaço e toda equipe Cipó.




Nesse encontro, discutimos questões ligadas ao PNE (Plano Nacional de Educação), que tem vigência até 2024 e, sobretudo, a necessidade de acompanharmos o cumprimento de suas diretrizes, metas e estratégias, assim como de atentarmos para as duas Conferências Nacionais de Educação e de participarmos das mesmas, através das prévias regionais, estaduais e municipais, que acontecerão até o fim desse decênio do PNE. Considerando o tempo do evento, foram colocadas em pauta apenas algumas diretrizes, sendo elas: III, IV, VII, VII e X que foram debatidas dentro do contexto mais voltado para o nosso trabalho, na perspectiva tecnológica, colaborativa, de respeito à diversidade, à liberdade e responsabilidade de expressão, à democratização da comunicação e ao direito de se ter uma Educação de qualidade para todos. Nessa linha, a discussão transcorreu, também, sobre o uso das tecnologias, sobretudo as digitais, no que diz respeito à melhoria da Educação, considerando os processos formativos, de produção de conteúdos educacionais e compartilhamento destes.




Durante o evento, apresentamos a Rede AT, seus projetos e filosofia. O retorno foi muito positivo e todos ficaram entusiasmados. O AEW empolgou e, mais uma vez, o vídeo do Caboclo Marcelino fez sucesso. O fato de trabalharmos, fomentarmos e potencializarmos o uso de softwares e licenças livres foi muito bem visto e significativo, nesse contexto. Após cinco horas de evento, saímos de lá com a certeza que estamos em um caminho bastante significativo. A Cipó está muito interessada em continuar dialogando com a Rede Anísio Teixeira e sinalizou desejo em articulações futuras.



Sem mais para o momento, deixo um forte abraço.

As fotos foram clicadas por Geraldo e por mim.

Força e sensibilidade sempre!



Marcus Leone 
Professor e produtor de conteúdos educacionais livres da Rede Anísio Teixeira 
Coordenador pedagógico de tecnologias educacionais CGTI/SEFUC-Camaçari

terça-feira, 22 de março de 2016

Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais


Turma da Formação no CJCC de Salvador  - Foto: Téo Batista
Por: Fátima Coelho

A necessidade do homem em expressar-se e ultrapassar os limites da memória fez com que, em 1826, surgisse a fotografia e posteriormente, a imagem em movimento, o cinema!

Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais é uma formação do programa Rede Anísio Teixeira - REDE AT/TV em parceria com a Universidade Federal da Bahia – UFBA, através da Faculdade de Comunicação - FACOM e os Centros Juvenis de Ciência e Cultura – CJCC. Este curso surge com o desejo de capacitar técnica e pedagogicamente educadores e estudantes de forma individual e coletiva, estimular o uso de softwares e de licenças livres na produção audiovisual, promover um diálogo sobre o uso ético e seguro das TIC e incentivar a produção de vídeos por estudantes e educadores da rede estadual de ensino, tendo o olhar voltado para a valorização das suas culturas e das realidades das comunidades onde moram ou estudam.

O Profº Leonardo Reis, em 2015, apresenta para o público universitário a disciplina Memória Social e Identidades: audiovisual como tecnologia social em educação, com o intuito de abraçar estudantes de diversas áreas que possuam afinidades com o audiovisual. Esses alunos participam como monitores em todas as etapas da formação, de acordo com as habilidades e apetências individuais.

Professor Leonardo Reis, UFBA-Facom - Foto: Téo Batista


São realizados filmes com o tempo de 4', em Formações de 40h, que abordam o tema do audiovisual, da cultura, da história, do inventário cultural e da memória como eixo gerador de conhecimento, como diz Profº Severino:

[...] a ideia é aproximar o saber da Universidade com a experiência da escola e lidar um pouco com isso que a gente chama de memória social, esse entorno da escola, juntas, estas categorias tão interessantes que formam: memória e identidade, audiovisual e Educação [...]

Jesús Barbeiro, pesquisador latino-americano contemporâneo, alicerça este pensamento no que se refere a "descentralização", a "deslocalização e destemporalização" com relação às diversas leituras e o saber:

[...] O saber transcende, sobretudo, aquele que sempre foi seu eixo durante os últimos cinco séculos: o livro. Um processo que quase não teve mudanças desde a invenção da imprensa, sofre, hoje, uma mutação de fundo, devido a aparição do texto eletrônico. [...]
[...]
A deslocalização implica a disseminação do conhecimento, isto é, a atenuação das fronteiras que o separavam do saber comum. [...]
A disseminação designa o movimento de atenuação tanto das fronteiras entre as disciplinas do saber acadêmico, quanto entre esse saber e os outros. [...]
[...]
[...] A única saída encontra-se na articulação de conhecimentos especializados com aqueles que provêm da experiência social e das memórias coletivas. (BARBERO, 2008, p.237 – 239).


Os filmes documentais realizados durante o curso de Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais valorizam e preservam diferentes formas de expressão por ter como base o texto fílmico que aproxima, enriquece, aflora sentimentos e desenvolve a capacidade de ver e interpretar o mundo, isto é, “o ver por dentro” que será exposto para o ambiente escolar ou o expectador, ampliando os horizontes culturais de crianças, jovens e adultos.

Apresentação das produções da Formação no 4º Encontro Estudantil
Foto: Leila Cruz

O cinema na sala de aula é o que o nosso trabalho potencializa. É a sétima arte[1], aproximando a realidade cotidiana e seus modos de aprendizagem, mensagens, informações e comunicação com o intuito de valorizar a cultura em toda a sua abrangência. Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais pretende, também, ser um instrumento de trabalho, no sentido da ação, entre todos os possíveis interlocutores, todos contemplados na sua realização, através da pluralidade do audiovisual, transformando imagens que se revelam ao serem reveladas aos nossos sentidos. Dessa forma, entende-se que tanto o cinema como a educação são processos sociais com implicações que vão para além do aprender e do lazer.

Assim, o uso dessa arte nos espaços educativos não traz certezas, ao contrário, traz uma abertura para que o educar seja processo advindo da potência criativa presente em cada sujeito – educando ou educador, sujeito autônomo, que constrói sua história, a partir das suas experiências sociais. Afinal, toda ação é uma criação!


Referências:

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Saberes hoje: disseminações, competências e transversalidades. In: RIBEIRO, Ana Paula Goulart; HERSCHMANN, Micael (orgs.). Comunicação e História: interfaces e novas abordagens. Rio de Janeiro: Mauad X, Globo Universidade, 2008. p. 237-252.



[1] A expressão "sétima arte", foi criada em 1912 pelo italiano Ricciotto Canuto.para designar o cinema. Disponível endereço eletrônico < http://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesto_das_Sete_Artes > Acesso em: mar. 2016





segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Rede AT no combate ao Bullying


Por Geraldo Seara

O Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) passou a vigorar em todo o território nacional, a partir da promulgação da Lei 13.185, de 6 de novembro de 2015. A Rede Anísio Teixeira tem colaborado com a questão, produzindo conteúdos audiovisuais que podem ser utilizados em sala de aula como disparadores de discussões sobre o tema. O Bullying é coisa séria e precisa ser combatido por todos os segmentos da sociedade. E como a escola é o espaço onde todas as tribos se encontram, melhor lugar não há para detectar, investigar e combater essa prática que causa tanto sofrimento aos que são intimidados cujos danos aumentam ainda mais ante atos de omissão. Assista ao episódio Respeito é bom da série Cotidiano e mãos à obra. Todos os vídeos podem ser facilmente baixados para um pendrive.

Cena de intimidação do episódio Respeito é bom.

Na série Diversidades, como o próprio nome sugere, reunimos estudantes, professores e especialistas em debates que servirão de base para o enfrentamento às intimidações sistemáticas que muitos sofrem no dia a dia.

Diversidades: a série que discute o que somos

Visite o Ambiente Educacional Web e entre em contato conosco. Todo o acervo está disponível sob licença Creative Commons. Isto quer dizer que tudo está liberado para ser copiado, modificado, compartilhado, sem a necessidade de pedir autorização aos seus criadores. Clique nos links e fique por dentro!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Preconceito não!


Por Geraldo Seara



Apesar de tantos apelos, ainda convivemos, diariamente, com situações de preconceito explícito que não deveriam mais existir. A Rede Anísio Teixeira tem se empenhado na produção, catalogação e difusão de conteúdos que, entre outros alcances educativos e educacionais, possam promover reflexões sobre a nossa formação etnorracial, sobre as questões de gênero e de inclusão. Essas questões podem ser percebidas nos programas e séries produzidos e nos demais conteúdos digitais catalogados no Ambiente Educacional Web.

Dada a possibilidade de caminharmos por vários dos Territórios de Identidade da nossa terra, temos tido o privilégio de ver e ouvir outros modos de ser e de contar histórias, desfazendo mitos e preconceitos. Aliás, sobre isso, durante o período que passamos em Olivença, setembro passado, para o Seminário e Caminhada Caboclo Marcelino, gravamos um videoclipe para a música Preconceito Não, composta pelo estudante Carlos Alberto Pereira de Araújo Junior, da Escola Indígena Tupinambá de Olivença. O vídeo acaba de sair do forno e já consta na lista de professores para uso pedagógico! Parabéns aos integrantes de Banda JM.


 
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