segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Vídeo Caboclo Marcelino entregue à comunidade


Por Geraldo Seara

Chegada de ônibus à Escola Indígena


Na última sexta-feira, 25/9,  o VII Seminário Índio Caboclo Marcelino teve como cenário a Escola Estadual Indígena de Olivença. Para lá, nos deslocamos todos nós - professores, estudantes, pesquisadores, funcionários, cineastas e crianças. Gente de muitas outras culturas e línguas interessada na história daquele que é considerado um herói para o povo Tupinambá. 


Ritual Tupinambá: o respeito desde cedo.

Como sempre, antes de qualquer atividade, todos participam do ritual sagrado a Jacy. Gerações, povos e línguas, numa mesma sintonia, aprendendo para compreender e preservar.


Ritual Tupinambá a Jacy


Pesquisadores, cineastas, professores, todos juntos no ritual

Depois do ritual, todos fomos para a sala de vídeo da escola (devido à claridade do ambiente externo). Acomodados no chão, iniciamos a projeção. Cumprimos a missão?

Caboclo Marcellino.





Na tela, a ficção dos jornais da década de 1930, em contraste com os fatos reais da memória dos que sofreram na pele - os anciões - cujos relatos foram registrados no primeiro livro de Katu Tupinambá, base do filme. Assim, professores e funcionários da comunidade escolar indígena se viram na tela, dentro da história que escolheram contar como trabalho de finalização do Curso de Interpretação que a Rede Anísio Teixeira tem levado a várias escolas da rede estadual. Na espera, tensos, estávamos nós os realizadores do vídeo,  ante a responsabilidade imensa de contar, em minutos, a luta desse herói.


A plateia, diante das cenas de "Caboclo Marcelino".


A plateia, diante das cenas de "Caboclo Marcelino".

As expressões da plateia nos acalmaram. No final, ouvimos palavras de gratidão dos nativos e de elogiose incentivo dos que vieram de fora. Sim: Marcelino era uma ameaça, mas apenas para a elite da região. Sendo o único indígena que sabia ler e escrever, isso não poderia ser diferente.


Ser ou não ser [tupinambá]? Eis a questão!
Nildson B. Veloso, professor de Teatro e diretor do filme.

Missão cumprida!

Siga o link para assistir diretamente do Ambiente Educacional Web.

Fotos: Geraldo Seara

P.S. Próxima postagem: a Caminhada Tupinambá.




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