sexta-feira, 17 de abril de 2015




A Secretaria de Educação do Estado da Bahia, através do Programa Rede Anísio Teixeira (REDE AT) e dos Centros Juvenis de Ciência e Cultura (CJCC), em parceria com a Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Estado da Bahia (FACOM-UFBA) apresenta a ação Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais. Através da oferta de formações práticas para produção de vídeos a ação tem o objetivo de incentivar a produção de vídeos por estudantes e professores da rede pública estadual de ensino, com o olhar voltado para a valorização das suas culturas e das realidades das comunidades onde moram ou estudam.

A ação será apresentada oficialmente para a comunidade escolar no dia 27 de abril, às 14 horas, no Auditório do Colégio Central em Salvador, com palestra do Profº José Roberto Severino – FACOM-UFBA, sobre o tema memória e identidade. Os estudantes interessados em participar da formação terão pontos acrescidos no processo de seleção se estiverem presentes no evento.

Os grupos interessados em participar da formação deverão submeter suas ideias de produção audiovisual no formulário (http://bit.ly/memoriaseidentidades) de 13 a 28 de abril. Os grupos devem conter até 5 componentes e podem ser formados  por estudantes e professores. O resultado do edital será divulgado no Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br) no dia 30 de abril.
A formação ocorrerá no período de 04 maio a 15 de junho 2015 (sempre às segundas-feiras) na sede do Centro juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) – Colégio Central – Salvador, e terá carga horária total de 40 horas. Toda a ação será mediada por professores da UFBA, que orientarão os participantes para a produção dos vídeos. Ao final do projeto, será realizada uma mostra com os produtos audiovisuais da formação, que deverão ter licença livre (Creative Commons) e serão disponibilizados no Ambiente Educacional Web do Portal da Educação (ambiente.educacao.ba.gov.br).

Cronograma
  

Etapa
Período
Inscrições
13 a 26 de abril
Evento de lançamento do edital
27 de abril
Divulgação dos Resultados
28 de abril
Período da Formação
04 a 15 de junho
Mostra Memórias e Identidades: Produção Formativa de Vídeos Educacionais
6 a 10 de julho

LANÇAMENTO DO PROJETO MEMÓRIAS E IDENTIDADES: PRODUÇÃO FORMATIVA DE VÍDEOS EDUCACIONAIS

Data: 27 de abril de 2015
Horário: 14h
Local: Auditório do Colégio Central – Nazaré - Salvador


Horário
Programação
Facilitador
14h
Programação Cultural
Manifestação artística - Colégio Central
14h30
Mesa de Abertura
CJCC / FACOM / REDE AT / IRDEB
15h00
Apresentação do Projeto
UFBA
15h30
Palestra – Memórias e Identidades: Produção formativa de vídeos educacionais
Profº José Roberto Severino
17h
Encerramento

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Indígenas do Centro-Oeste Baiano Lutam pelo Reconhecimento


Cacique Albertina do Nascimento (Tapuia) e seu neto prontos para o Toré
Foto: Joalva Moraes 
Por: Joalva Moraes

A pele é acobreada, os cabelos negros, olhos puxados, vivem da pesca e dançam o ritual do Toré. Essas características não deixam dúvidas de que grupo étnico estamos tratando. Sim, eles são indígenas, mas ainda lutam pelo reconhecimento. Na região do Centro-oeste baiano, existem duas etnias que se encontram nessa situação. São eles: os Potiguara e os Tapuia.

Originários da Paraíba, os Potiguara, da região do São Francisco, são uma grande família constituída pelo Sr. Antonio França e sua esposa. Maria Leda dos Santos, filha do casal, hoje é a cacique. É ela quem lidera as empreitadas burocráticas em busca do reconhecimento à condição de povo indígena. Devido à distância e ao tempo de afastamento, a cultura potiguara foi esquecida, por isso eles entendem que estreitar relações com os parentes paraibanos é imprescindível para resgatar elementos culturais de suas raízes.

Sr. Antonio, cacique Leda e família

Já os Tapuia fazem questão de manter viva suas tradições, ainda que desprovidos de aldeia. A cacique Albertina do Nascimento ensina aos seus filhos e netos a cultura que foi passada pelos seus antepassados. Os irmão da cacique estão espalhados por cidades baianas e de outros estados, a esperança é de que, após o reconhecimento, eles conquistem a sonhada terra e possam reunir, novamente, todos da família. Enquanto isso não acontece, os Tapuia pescam no São Francisco para sobreviver, moram num povoado com população híbrida (índios e não índios) e recorrem à aldeia vizinha dos Kiriri para praticarem seus rituais sagrados.

Cacique Albertina Tapuia - Foto:
Joalva Moraes

No Centro-oeste da Bahia, estão os Tuxá e Kiriri, já com terras legalizadas, os Pankaru (descendentes dos Pankararu, de Pernambuco) que aguardam a entrega de suas terras e os Tapuia e Potiguara que se encontram em fase de reconhecimento. Apesar das lutas particulares, todas essas etnias buscam as mesmas coisas: respeito, liberdade para praticar suas manifestações culturais e religiosas, moradia, educação diferenciada que valorize suas tradições, saúde e condições de trabalho, seja no cultivo da terra, na pesca ou artesanato. Que assim seja!

 
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