Por: Joalva Moraes
O sotaque baiano invadiu a Flica, na manhã dessa quinta-feira (13). Estudantes de Cachoeira e cidades vizinhas compareceram em massa. O jornalista e escritor Gustavo Falcón, a escritora e diretora teatral Adelice Souza e o comunicólogo e também escritor Márcio Matos compartilharam suas experiências literárias, mediados pelo professor universitário Sérgio Rivero.

Já Adelice afirmou que, em seus escritos, ela, enquanto pessoa, está sempre escondida e falou ainda que seu processo de escrita é teatral, carnal e corporal, influenciado pelas técnicas do Yoga. “É uma experiência completa”, concluiu.

A cidade de Cachoeira foi a protagonista na conversa da tarde. A mineira Ana Maria Gonçalves, autora do livro Um Defeito de Cor, declarou que, ao chegar nesta cidade em 2002, para realizar as pesquisas para o livro, encontrou a Cachoeira do século XIX: “Através dos olhos da personagem, uma africana escravizada desde a infância, eu via a Cachoeira daquele período”.
Ana Maria vê a literatura como uma grande viagem interior, guardiã do passado e transformadora do presente. “Ao escrever, eu buscava resgatar minha identidade negra”, acrescentou.
À noite, foi a vez do curitibano Leandro Narloch falar de seu livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. Nele, Narloch vai na contramão da história oficial brasileira e desconstrói heróis, resgata personagens esquecidos, apresentando outras verdades.
O som de Magary, que mistura rock, reggae, funk, soul com ritmos tradicionais do Recôncavo baiano, fechou o terceiro dia da Festa Literária de Cachoeira.
Fotos: Peterson Azevedo
Edição: Geraldo Seara
Viva a equipe da Tv Anísio que está dando um show de cobertura!!!!
ResponderExcluirParabéns a todos.