sábado, 19 de junho de 2010

PETNOGRAFIA II

A menina - Peterson Azevedo.A SENSIBILIDADE DE UM GUERREIRO

Perceber o sensível. Compor a cena. Verificar a luz. Transformar uma situação corriqueira em arte. Olhar, imaginar, sentir e clicar. Pronto! O simples tornou-se o belo. Arte do olhar. Arte de fazer de um mero instante, registro mágico. Sensibilidade de um agitado guerreiro que briga, fala alto, discute, profetiza, teoriza a conspiração. Essência de um artista. Eu estava lá. Acompanhei o fazer, o sonhar e a concretização desse sonho. Etapas importantes e definitivas na vida desse mais novo artista da fotografia - Peterson Azevedo. Sou sua fã.


A fotografia acima ficou em 2º lugar no VIII CONCURSO NACIONAL DE FOTOGRAFIA da SENAD. A cerimônia de entraga do prêmio ocorreu no dia 21/06/10, em Brasília-DF, e contou com a presença do presidente Lula.

Peterson Azevedo, na premiação em Brasília-DF. Peterson Azevedo, na premiação em Brasília-DF.














Peterson Azevedo, na premiação em Brasília-DF.














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FOTO NA AGENDA CULTURAL DE JULHO

Foto: Peterson Azevedo.A reinvenção é o maior desafio para quem fotografa. Para quem transmuta fotografia em poesia, em arte, em beleza. E é esse o olhar fotográfico, radiográfico, sensível de Petno. Um olhar estético permeado de geografia e identidade. De suas fotos escorrem vidas, nuances, grafismos, cor. A escolha dessa foto para ilustrar a agenda cultural desse mês traz a intuição desse já premiado fotógrafo que, modestamente, intitula-se amador. Amador, porque ama. Só posso compreendê-lo assim. Suas lentes captam a certeza do desigual, a assimetria do dia caótica que se esconde de tantos olhares cotidianos. Se o desafio do fotógrafo é unir olho, cabeça e emoção, funcionando na mesma cadência, esse surpreende porque agrega veia, sangue, vida, literariedade. Ele não só exercita o olhar como desperta emoções. Como diz: seu olhar enquadra, cria, fotografa. E, despretenciosamente, encanta. Encanta fazendo do seu instrumento de trabalho um mecanismo disparador de sensibilidade. Impossível ficar inerte diante de sua captação. Nessa foto traduziu a trajetória da luz. Além disso, conseguiu caminhar por entre vasos e determinar o interminável, o que se expande quando chega ao fim. As fotos de Petno são encantadas. Tão encantadas que ao vê-las flutuamos. Em um mundo permeado de desordem e injustiças ficar atento ao simples, realmente não é uma tarefa tão fácil.

Claudia Pessoa

MAIS DE PETERSON:

TV ANÍSIO TEIXEIRA NA TVE

Pola Ribeiro, diretor do IRDEB.A programação da TV Anísio Teixeira vem sendo transmitida pela TVE desde o dia 7 de junho. Na estreia, foi exibido o Almanaque Viramundo, a nossa revista eletrônica, inspirada nos antigos almanaques e, por isso, recheada de informações. No último dia 13 foi a vez do programa Ginga, que trata da Educação Física nas nossas escolas.

Continuando a parceria, na próxima segunda-feira às 20:30h será a vez do programa jornalístico Máquina de Democracia - jornalismo como forma de conhecimento. O programa conta com três eixos: Educação, Cultura e Ciência. O objetivo da produção é levar jornalismo especializado em Educação para a rede pública de ensino da Bahia, estabelecer pontes entre o ensino superior e o ensino básico, por meio de entrevistas com especialistas, e colaborar para que a comunidade escolar tenha conhecimento de produções artístico-culturais realizadas no Estado. O programa expões para a rede pública dados e indicadores sobre a Educação, notícias sobre cursos e demais atividades relacionadas à formação inicial e continuada de educadores. Cada edição desenvolve um tema de interesse da comunidade escolar. O programa é composto por reportagens feitas em espaços educacionais, pelo quadro Fala, Comunidade Escolar!, pelo inter-programa Acontecendo e por uma coluna que alterna a abordagem de questões relacionadas com ciência, arte-educação e direitos humanos

- Fala, Comunidade Escolar!: O quadro abre o programa Máquina de Democracia numa escola pública baiana e funciona como uma enquete, apresentando uma edição clipada de imagens intercalada por depoimentos de integrantes da comunidade escolar, com o objetivo fazer um levantamento preliminar de aspectos relacionados com o tema central que será desenvolvido a cada edição.

sábado, 5 de junho de 2010

FALA DE MARILU NO I ENCONTRO PEDAGÓGICO

Vale a pena ver de novo:

Televisão, escola e juventude

O texto apresenta reflexões sobre a preocupação da escola na formação de jovens diante do uso das tecnologias, trazendo a importância dos meios de comunicação-televisão, na vida da sociedade contemporânea, organizada cada vez mais em torno dos consumos simbólicos propostos pela mídia, que figura como um grande instrumento de formação cultural das novas gerações.

Dessa forma, a escola e os professores na produção do seu currículo e na organização da sua prática pedagógica devem levar em consideração, que a educação e a comunicação funcionam como um processo cada vez mais (inter) relacionado e os jovens que freqüentam os bancos escolares, nasceram e estão se desenvolvendo em meio aos avanços tecnológicos e as mudanças socioculturais em torno dos meios de comunicação em massa.

Logo, estes estudantes valorizam os conhecimentos e as informações que adquirem através da televisão, e se organizam em comunidades de consumidores que se formam a partir de programas de tevê e do que propõem a mídia. De acordo com Canclini (2005), quanto mais jovem for a pessoa, mas seu comportamento depende dos circuitos da comunicação em massa e dos sistemas restritos de comunicação.

Canclini (2005) afirma que as novas identidades são construídas e socializadas, a partir da lógica do consumo e principalmente do que propõe a televisão, ressaltando a importância da telenovela na vida das pessoas, pois estas narrativas colocam em jogo o “drama do reconhecimento”, aparecendo uma nova forma de sociabilidade.

O autor defende: “a identidade é a construção que se narra” (Canclini 2005, p.129), e enfatiza que durante muito tempo, os livros escolares, os museus, os rituais e discursos políticos foram os dispositivos com que se formulou a identidade de cada nação, consagrando a sua retórica narrativa. Na primeira metade do século XX, o rádio e o cinema contribuíram para organizar, os “relatos da identidade nacional” numa cultura visual de massa. Com a chegada da televisão esta função se renova, estrutura-se o imaginário da modernização desenvolvimentista e mostra-se um outro modo de estabelecer identidades e construir a diferença.

A partir dessa época as personagens dos filmes de tevê, principalmente das telenovelas, tornam-se ponto de referência para milhões de indivíduos, que podem nunca interagir, mas partilham uma cultura mediada, uma experiência comum de uma memória coletiva. O autor atribui este fato, às mudanças econômicas, tecnológicas e culturais imposta pela globalização, associadas à capacidade de apropriação de bens de consumo e a maneira de usá-lo, dessa forma altera as possibilidades e as novas formas de exercer a cidadania.

Canclini (2005) argumenta a importância da telenovela para a sociedade moderna e questiona: “Por que a novela influencia tanto as pessoas?” Para o autor, nunca nenhum gênero recebeu tanto destaque entre os setores populares como o melodrama. As pessoas se reconhecem em cada personagem: “do filho pelo pai ou pela mãe, da mulher pelo marido, amante ou vizinha”, dos adolescentes rebeldes, consumistas ou apaixonados. O sucesso do melodrama fez aparecer outra forma de sociabilidade, em que as pessoas se identificam com as personagens da trama, muitas vezes por desconhecer seus direitos nos contratos sociais das grandes estruturas sóciopolítica.

Os estudos de Fischer (2002) sobre o dispositivo pedagógico da mídia (televisão), na produção de saberes que são direcionados para “educação” das pessoas, com o objetivo de ensinar-lhes os modos de ser e estar na cultura que estão inseridos.Logo, a importância de discutir a televisão na escola, pelo seu alcance espetacular na divulgação de produtos que são consumidos pelos diferentes grupos de jovens, e que muitas vezes, levam na sua imagem os valores considerados válidos pelos grupos de prestígios.

O considerado o Outro na mídia, muitas vezes é tratado de forma preconceituosa, como nas novelas de grande audiência nacional e nos programas de humor, em que a mulher aparece como objeto, se utilizando apenas da sensualidade para ganhar o reconhecimento dos homens, o homossexual masculino é sempre extravagante e afeminado, o idoso tolo, o gordo sempre aparece em situação de deboche tendo no seu peso, a única forma de visualizar a sua personalidade, seu caráter ou sua beleza.

Dessa forma, reforço a necessidade de constantes debates na escola sobre os conhecimentos que são considerados válidos na tevê, quebrando o preconceito de que a televisão afasta o aluno dos livros. A televisão é um recurso que possibilita a leitura diária e constante dos fatos do cotidiano, é um meio que necessita ser problematizado como um elemento formador das pessoas, por isso deve ser lido criticamente pelos jovens e por todos os telespectadores. Pois os programas televisivos nem sempre são de qualidade, e exibem valores nada edificantes para os estudantes, principalmente com produtos que estimulam o consumo exacerbado e a manutenção do preconceito político, social e cultural sobre determinados grupos desprezados pela mídia.

A verdadeira inclusão escolar, hoje, lugar comum nos discursos acadêmicos e de políticas públicas, só será realmente concedida, a partir da melhoria do ensino público, na redefinição da prática pedagógica que estabeleça um currículo pautado na compreensão dos Estudos Culturais, capaz de compreender a juventude e a sua cultura, os fundamentos da diversidade, da identidade e da diferença, para criar autonomia no sujeito e valorizar as suas múltiplas dimensões. Finalmente, apesar dos anos passados, se atualiza a necessidade de formar pessoas que ampliem seu conceito de leitura, desde a leitura que precede a palavra escrita como nos ensinou Paulo Freire, até leituras críticas dos meios de comunicação.

Referências

CANCLINI, Nestor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização, tradução Maurício Santana Dias. 5. ed. Rio de Janeiro : Editora UFRJ, 2005.

FISCHER, Rosa M.B. Uma agenda para debate sobre mídia e educação. In: SCHMIDT, Sarai (org.). A Educação em tempos de Globalização. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

_________. O mito na sala de jantar: discurso-juvenil sobre a televisão. Porto Alegre : Movimento, 1993.

_________.O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Educação & Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p.151-162, 2002.

HALL, Stuart. Identidades culturais na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Editora D&PA, 1997.

SILVA, Tomaz Tadeu (org). A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA,
T.T. (org). Identidade e diferença: a perspectivas dos estudos culturais. Rio de Janeiro: Editora, 2000.

_____.O que é, afinal, Estudos Culturais? Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

_____.Documentos de Identidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

VEJA VOCÊ

O público em geral e os personagens das localidades por onde a equipe da TV Anísio Teixeira passou já podem se ver! Algumas peças estão sendo veiculadas na TVE e estão também disponíveis no Portal do Educador Baiano. Confira abaixo:

QUADRO "AQUI É MASSA":


CAMPANHA 1: O QUE VOCÊ QUER VER NA TV?


O piloto do Almanaque Viramundo - a revista eletrônica da TV Anísio Teixeira, assim como o programa jornalístico Máquina de Democracia estão também disponíveis no já referido Portal, juntamente com as demais peças da Campanha de Lançamento. Ouça aqui a versão do Máquina de Democracia para o rádio.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

PRÉ-PRODUÇÃO COLÔNIA JK

Saímos, numa tarde de domingo, rumo à Colônia JK, no município de Mata de São João. Não sabíamos ao certo o que íamos encontrar naquele lugar. Nossos conhecimentos limitavam-se à informação de que se tratava de um local habitado por famílias de agricultores que imigraram do Japão a partir de 1959.

Na sede da Associação, encontramos um grupo de japoneses e descendentes, jogando Gatteball, jogo tradicional do Japão, criado em 1947, inicialmente para crianças, mas que, com o tempo, passou a ser uma atividade esportiva comum aos idosos. Na Colônia JK, os mais velhos unem-se aos jovens para aproveitar as tardes de domingo, praticando esse esporte.

Conversando, driblando algumas dificuldades devido às barreiras lingüísticas, com as pessoas que vivem ali, percebemos que elas sentem a necessidade de preservar suas tradições, sem perder o vínculo com a terra que escolheram para morar. Terra de onde tiram o seu sustento. Cultivam frutas, verduras, hortaliças. Difícil mesmo foi gravar seus nomes: Senhora Satoko, Seu Tomita, Dona Hisae, Seu Takenami, e por aí vai.... Nem escrevendo, dava pra memorizar.

Os homens são reservados, mas amistosos. As mulheres tímidas, risonhas, comedidas e solícitas. Todos, extremamente, agradáveis. Ouvimos muito, falamos um pouco, anotamos tudo. Agora, é só preparar as malas para a viagem nipônica do nosso Bahia Assim.

Jô Moraes
P.S. Fotos de Cristiane Britto.

MAIS DE JÔ:
 
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