segunda-feira, 11 de outubro de 2010

EM CENA AÇÃO



O RETORNO DO TELETEATRO

Nildson B. Veloso

O Teleteatro, precursor das telenovelas atuais, contribuiu para a consolidação da televisão brasileira, levando para os lares, em imagens, as radionovelas com atores renomados do teatro brasileiro, tais como Fernanda Montenegro, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Sérgio Britto. Após ganhar corpo, o teleteatro tornou-se um dos mais importantes programas da TV, por muito tempo, até a chegada do seu algoz – o videoteipe.

A TV Anísio Teixeira retoma a ideia do Teleteatro, com o programa Em Cena Ação, e traz sua contribuição para a escola, valendo-se da estética audiovisual, para que professores e alunos lancem mão desse recurso, em atividades interdisciplinares e transdisciplinares, já que a série agrega conteúdos de áreas como Literatura, História, Geografia, Arte, entre outras, contribuindo na formação de alunos críticos e ávidos por novos conhecimentos.

Além de resgatar essa importante forma de arte que atinge vários públicos, o Em Cena Ação também contribui na formação de novas plateias. Os programas são gravados ao vivo, tendo na plateia alunos das escolas públicas, muitos dos quais assistindo, pela primeira vez, a um espetáculo teatral e, neste caso particular, com os talentos locais.

A escolha dos textos se deu com muito cuidado e critério, pensando sempre em conteúdos a serem abordados por vários vieses, de modo a contemplar todas as disciplinas, levando para a sala de aula temas tais como ética, cidadania, saúde, diversidade, meio ambiente, entre outros.

A escolha dos autores a serem encenados teve como critério o de contemplar culturas diversas dentro do nosso país, com vistas a conhecermos um pouco mais sobre a cultura de outras regiões, através de seus escritores, como o gaúcho Júlio Conti em Bailei na Curva, ou Martins Pena, com sua visão nacional, em Os Infortúnios de Uma Criança, e, mostrando também a nossa cultura, Cláudia Barral em O Cordel do Amor sem Fim.

A peça Cordel do Amor Sem Fim foi dirigida por Alda Valéria; Bailei na Curva, por Cláudio Simões e Os Infortúnios de uma Criança, por Teresa Costalima. As adaptações foram feitas por Cláudio Simões e a direção audiovisual foi feita por Alex Souzan, da produtora Fundo de Quintal.

A seleção dos atores foi feita a partir de uma audição aberta ao público e divulgada em jornais de grande circulação na cidade, pela produtora Fundo de Quintal, tendo sido exigido, de cada um,o registro profissional (DRT). Dos 158 inscritos. 122 foram avaliados, 68 foram mulheres e 54, homens. Em função do grande número de candidatos e da qualidade das performances, foram selecionados doze atores e atrizes, ao invés de 10 como tinha sido previsto. São eles:

Agnaldo Lopes, Aícha Marques, Cristina Dantas, Daniel Becker Denovaro, Evelin Buchegger, George Vladimir, Heloisa Jorge, Jefferson de Oliveira, Jussara Mathias, Narcival Rubens, Nayara Homem e Sandro Rangel.

Durante a gravação das duas primeiras peças, alunos e professores de três escolas formaram a plateia. Os colégios foram: Colégio Estadual Almirante Barroso, do bairro de Paripe, tendo como representante a vice-diretora, a professora Celsina da Silva Borba; o Colégio Estadual Dinah Gonçalves, do bairro de Valéria, como representantes a vice professora Amanda Margarida, o professor Oscar Espinosa e a professora Eloísa Santana; o Colégio Estadual Professor Luiz Navarro de Britto, do bairro da Lapinha, tendo como representantes a diretora Dione e os professores Udinéia, Valdirene e Cláudio

Percebemos, desde aquele momento, que os alunos entenderam a proposta e houve muitos comentários positivos ao final dos espetáculos, que confirmavam as nossas expectativas sobre a importância desse material para sala de aula.

Os alunos foram selecionados por seus diretores que utilizaram critérios próprios para a escolha. Nós solicitamos a presença de alunos que estivessem cursando o Ensino Médio. Também solicitamos a presença do maior número de professores possível, de cada escola, para que os mesmos acompanhassem o processo de gravação que, com toda certez, era uma aula de construção de produtos do audiovisual.


FOTOS: Thiago Fernandes
publicadas originalmente no Portal do Educador Baiano
EDIÇÃO: Geraldo Seara

CRIA NO MÁQUINA

Foto do Blog CRIA In: http://blogdocria.blogspot.com/p/sobre-o-cria.html

CRIA criando a Cultura da Paz

Jô Moraes

O Máquina de Democracia foi conhecer as ações da ONG CRIA - Centro de Referência Integral de Adolescentes - que atua, utilizando a arte-educação como instrumento motivador que desperta a sensibilidade, promovendo atitudes transformadoras de maneira coletiva e comunitária.

As crianças e adolescentes que integram essa instituição participam de oficinas de teatro e leitura, culminando em apresentações de teatro, poesia e clown, vídeos, exposição, além de atuarem como dinamizadores culturais em suas próprias comunidades.

Segundo Maria Eugênia Milet, diretora artística e supervisora geral do CRIA, a maioria dos jovens atendidos por essa ONG é formada por alunos de escolas públicas e, quando eles retornam aos seus locais de origem, inclusive a suas escolas, transformam-se em multiplicadores sociais, ampliando a rede que tem como objetivo a harmonia e o bem-estar coletivo. Isso é cultura da paz!

Foto original em http://blogdocria.blogspot.com/p/sobre-o-cria.html

PRÉ-PRODUÇÃO BAHIA ASSIM CABULA

Claudia Pessoa.CABULA ENFIM OU CABULA SEM FIM, ASSIM ...

Claudia Pessoa

Para mim, existe mais ideias do que árvores no bairro do Cabula. Diz-se que Cabula é o nome pelo qual foi chamada, na Bahia, uma religião sincrética que passou a ser conhecida com o fim da escravidão, com caráter secreto e fundo religioso. Isso no final do século XIX. Mas o bairro recebeu este nome porque é originário do Quilombo do Cabula e de um ritmo da Diáspora musical africana no Brasil, toque de percussão religioso de Angola, base rítmica do samba, música de origem sudanesa. Embora as marcas dessa identidade negra possa ser facilmente vista nas esquinas que quebram para outros bairros mais periféricos, a Silveira Martins impressiona pela quantidade de conjuntos habitacionais que não lembram, nem de longe, o local de antigos rituais do candomblé. Eu e Geize passamos horas conversando com o comandante do 19º BC a respeito das ações desse comando na região, bem como do esforço deles na perspectiva de preservação ambiental, visto que é uma das poucas áreas de mata atlântica nativa na capital baiana, além de ter sido o primeiro pólo distribuidor de água potável da cidade. O quartel é imponente por si só e guarda relações inimagináveis com a comunidade. Ali, promovem ecoterapia e possibilitam a visitação de escolas. E a comunidade se apodera do espaço. Seguimos para a Chácara do Cabula e lá retomamos as frutas que outrora fizeram a felicidade de D. Del, funcionária do Centro Comunitário.

No Hospital Roberto Santos eu e Peterson nos perdemos nos corredores apinhados de gente enferma. Aterrorizados por cenas que são reais para todos nós, mas, para professores acostumados com a labuta do conhecimento, da educação, ver e enxergar a finitude do ser humano, causou sofrimento. Preferimos nos perder naqueles corredores imensos, frios e distantes de nossa realidade, mas que nos mantiveram vivos, quando encontramos a história da construção daquela unidade no bairro e a relevância do hospital para a comunidade. Sabíamos que dali também se extraíriam histórias de vida ímpares.

A jornada não terminava. Era preciso seguir. Seguir com a certeza de que falaríamos do Cabula, mas muitos outros pontos precisaríamos deixar de lado, já que o tempo de TV, é pior que o nosso tempo. É um tempo que às vezes nos escorre, nos extingue e nos esmaga. Seguimos. Eu, Gerald e Peterson. Próxima parada: CENA (Centro de Convivênvia nuDia – Hospital Dia – Hospital Juliano Moreira). Lá, fomos recebidos pela Profa. Edinha. Uma mulher especialíssima. Envolvente e Honoris Causa pela Prefeitura do Salvador, por tantos anos dedicados à erradicação dos hospitais psiquiátricos no país. Afinal, precisamos cuidar de nossos loucos? Precisamos cuidar dos outros. Além de nós mesmos. E vimos isso. Esse espaço é humanizado e nos faz deixar de lado as lembranças de campo de concentração que corriqueiramente nos faz lembrar os hospitais psiquiátricos. O Cabula traz em sua essência imagens antagônicas. Une dor e amor como se fossem pílulas para nos auxiliar a seguir vivendo. Em cada parada imagens inesquecíveis de vida e morte, de amor e desprezo, de comunhão e compaixão.

Seu Loro, de 70 anos, reconta a história e as modificações de seu bairro. Continua fazendo as mesmíssimas coisas que fazia em outra época. A paisagem modifica, mas Seu Loro parece desconhecer os fatos. Propositalmente. Estátua perene num cronômetro real. E rimos com ele. Rimos das histórias. E sentimos saudades do que nem vivenciamos. Apenas duas visitas não daria conta de tantas lembranças, tantas experiências. Voltamos. Voltamos, porque também nos apaixonamos. Dessa vez o endereço era o Colégio Polivalente do Cabula. A recepção da diretora Lúcia comprovou o que já sabíamos. Somente a EDUCAÇÃO pode transformar, somente pela EDUCAÇÃO poderemos fazer CULTURA, AÇÃO, TRANSFORMAÇÃO. E seguiremos, esperando ver nas páginas do VIRAMUNDO um CABULA único e jamais visto dessa forma, em qualquer outra tela de TV. Afinal, Bahia é Assim.

ENTREVISTA NO ALMANAQUE

O Ministro da Cultura Juca Ferreira e as educadoras Jô Moraes e Claudia Pessoa.O quadro Entrevista do programa Almanaque Viramundo, na edição 04, trará o atual ministro da cultura Juca Ferreira.

Claudia Pessoa

Em 1968, Juca foi eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES, pouco antes da promulgação do AI-5, que fechou a agremiação, entre outras deliberações. Foi duas vezes vereador de Salvador (de 1993 a 1996 e de 2000 a 2004), e foi convidado por seu antecessor Gilberto Gil para integrar o Ministério da Cultura, no início do governo Lula, em 2003. Após a renúncia de Gilberto Gil, assumiu a pasta, interinamente, em 30 de julho de 2008. Foi empossado oficialmente no cargo em 28 de agosto de 2008. O ministro esteve em Salvador para participar do I Congresso de Moda e Cultura que ocorreu no último dia 27 de setembro de 2010, no Hotel Stella Mares.

O quadro Entrevista traz personalidades que marcam a cultura baiana e que, obviamente, estejam relacionadas com o universo escolar. Durante a gravação o ministro falou da estreita relação entre cultura, educação e arte. Abordou, também, a concepção dos pontos de cultura como uma ação democrática de estímulo à produção cultural no país.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

VIRAMUNDO NA TVE

Viramundo de cara nova

Jô Moraes

Enfim, o Almanaque Viramundo ganhou seu cenário definitivo. Depois de tudo devidamente montado, a produtora Movimento pode gravar as cabeças das edições 1 e 3 da revista eletrônica da TV Anísio Teixeira. Marcelo Praddo, de forma extraordinária, atuou como apresentador desse programa que leva o Mundo para dentro da Escola.

Na verdade, as cabeças da edição 1 foram regravadas, uma vez que, anteriormente, haviam sido feitas utilizando o recurso do chroma key, uma técnica de efeito visual que consiste em colocar uma imagem sobre outra, através do anulamento de uma cor padrão.



A edição 3 será exibida, na próxima segunda, dia 04/10, às 20h30, na TVE. Desta vez, a comunidade escolar e a sociedade em geral poderão conferir uma entrevista com o cineasta baiano Orlando Senna, o Bahia Assim, na Liberdade, e o Aqui é Massa!, no Museu de Ciência e Tecnologia. Não percam a oportunidade de girar através do Almanaque Viramundo!

sábado, 2 de outubro de 2010

MAIS MARCUS!

Marcus LeoneCaros colegas,

Gostaria de compartilhar com vocês mais esse passo significativo em minha caminhada, no universo do audiovisual. Duas produções audiovisuais minhas, que concorreram também com filmes Marcus Leonede outros estados, foram selecionadas para a mostra informativa do Primeiro Festival de Cinema Universitário da Bahia. Em um dos filmes (NÃO AFASTE QUEM SE AMA), a direção, o argumento e roteiro são meus. No outro (OMNIBUS, um universo em movimento), participei com o argumento, roteiro e entrevistas.

Mais uma vez, agradeço aos colegas que participaram diretamente dessas produções (Nildson, Geraldo, Naia, Viviane, Grande Sostenis, Cris, Ana, Marco Antônio, Peterson, minha sobrinha Aimeè e minha esposa. Espero não ter esquecido de ninguém!) e a todos os colegas, sobretudo do IAT, TV Anísio Teixeira, que têm acompanhado minhas "loucuras" e me estimulado a seguir em frente. Obrigado, galera!!!

FORÇA E SENSIBILIDADE SEMPRE!!!

Marcus Leone.

P.S. Seguem as informações sobre o festival:

1º FESTIVAL DE CINEMA UNIVERSITÁRIO DA BAHIA

O 1º Festival de Cinema Universitário da Bahia acontecerá de 14 a 18 de outubro de 2010. Durante uma semana, Salvador será pólo de discussão, produção e difusão do cinema universitário brasileiro.

Voltado à produção universitária nacional, o Festival prima pela busca por experimentações com uma linguagem cinematográfica própria, nos mais variados formatos.

Ao todo, o Festival selecionará 50 curtas-metragens que serão divididos em uma Mostra Informativa (40 filmes) e a Mostra Competitiva (10 filmes). Os 10 realizadores finalistas serão convidados para participar do evento em Salvador.

Serão distribuídos R$ 12.000,00 em prêmios.

FILMES CLASSIFICADOS PARA MOSTRA COMPETITIVA

AVÓS
Dir. Michael Wahrmann / FAAP – SP

BREVE PASSEIO
Dir. Rafael Jardim / FTC – BA

DEPOIS DA PELE
Dir. Márcio Reolon e Samuel Telles / PUC-RS

INDIGESTO
Dir. Fabiano Passos e Uelter R. / UNIJORGE – BA

JEITINHO BRASILEIRO
Dir. Alexander S. Buck / FAESA – ES

ROOSEVELT’S
Dir. Bruno Temóteo, Jalaysa Freitas e Tabata Franco / PUC-SP

ROUPAS NO VARAL
Dir. Mauricio Lídio / UFBA – BA

SILÊNCIO, POR FAVOR
Dir. Filipe Matzembacher / PUC-RS

VELHO MUNDO
Dir. Armando Fonseca / Anhembi- Morumbi - SP

VERÃO
Dir. Bárbara Maia de Moura / UNIFOR - CE

FILMES CLASSIFICADOS PARA MOSTRA INFORMATIVA

300 DIAS
Dir. Filipe Wenceslau / FTC – BA

A CAMAREIRA
Dir. Rose Germano / Estácio de Sá – RJ

A ETERNIDADE
Dir. Leon Sampaio / UFRB – BA

A MAIS FORTE
Dir. Ricky Mastro / FAAP – SP

ADEUS, ADEUS CARNAVAL
Dir. Wllyssys Wolfgang / UNEB – BA

ALEX
Dir. Eloy Figueiredo / Estácio de Sá – RJ

CAMINHOS
Dir. Fernanda Boff e Vinicius Back / PUC-RS

CIRCUITO INTERNO
Dir. Júlio Marti / FAAP – SP

COM OUTRO PAR
Dir. Vitor Medeiros / UFF - RJ

DOIS PRA LÁ E DOIS PRA CÁ
Dir. Marcelo Bertoletti / UFF – RJ

DIA DE TRABALHO
Dir. Ricardo Marques / Centro Universitário Uma – BH

ECOS
Dir. Sérgio Gomes / UNA - MG

EVASÃO DO ENSINO SUPERIOR
Dir. Alex Pires e Venicios Belo / UFBA - BA

FALANDO SOBRE FEIRA
Dir. Daphne Cordeiro / Estácio de Sá – RJ

GAROTO DE PROGRAMA
Dir. Janice Gouveia / Estácio de Sá – RJ

GUALIN DO RIOCONTRA
Dir. Jordan Mendes / UNIJORGE – BA

GUTA FEZ UM FILME
Dir. Marcus Gentil / UFBA – BA

HOMEM-AVE
Dir. Rafael Saar da Costa / UFF – RJ

IMPERIAL FRETES
Dir. Rodolfo Vommaro / Estácio de Sá – RJ

INSENSATEZ
Dir. David Campbell e Nubia Teixeira / UNIJORGE - BA

JOSÉ
Dir. Thais Vasconcelos / UFF – RJ

LIMITE
Dir. Felipe Filgueiras / Universidade Metodista de São Paulo

LINHAS
Dir. Tabata Almeida / PUC-SP

LIMPADORES
Dir. Daphne Carrera e Arysa Souza / FSBA – BA

LOADING 66%
Dir. Henrique de F. Duarte / UFSC – SC

MINDUIM
Dir. Helena Guerra / FAAP – SP

NALU
Dir. Stefano Capuzzi Lapietra / FAAP - SP

NÃO AFASTE QUEM SE AMA
Dir. Marcus Leone Oliveira Coelho / UNIJORGE – BA

OLHOS DE ALZIRA
Dir. Heverton Souza Lima / UFF – RJ

OMNIBUS
Dir. Marcus Leone / UNIJORGE – BA

POR UMA NOITE APENAS
Dir. Márcio Reolon / PUC-RS

SEBO
Dir. Alexandre Kumpinski e Lucas Cassales / PUC-RS

REPTILIANO
Dir. Abel Roland / PUC-RS

RITA LINA
Dir. Pedro Dell’Orto / UFBA - BA

ROCCO
Dir. Filipe Matzembacher / PUC-RS

SALVEM AS BALEIAS
Dir. Dan Hudson / UNIJORGE - BA

SOFÁ VERDE
Dir. Arno Schuh e Lucas Cassales / PUC-RS

TANTO
Dir. Nataly Callai / UNISUL – SC

UMA FLOR
Dir. Gilson Junior e Érica Rocha / Estácio de Sá - RJ

UM PAR
Dir. Lara Lima / FAAP – SP
 
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